sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Renovação

Deixei de acreditar há muitos anos em algumas coisas que me fizeram ficar demasiado racional, esquecer os sentimentos, os dos outros e mais grave ainda esquecer dos meus.
Quando te conheci, voltei a acreditar que há coisas que são possiveis e que eventualmente podiam existir, depois sem mais nem menos retiraste me todas as minhas crenças.
Aprendi então que se o senti é porque existe e não precisava de ti para o sentir.
Procurei insaciavel por um sentimento que é tão raro mas que como Ser Humano que sou preciso para viver.
O amor carnal, aquele que nos faz sentir vivos apaixonados por tudo e por todos e que nos faz sentir os maiores em tudo o que fazemos.
Renovei aos poucos, deixei de ver os Homens da mesma forma que via, interessados apenas em saciar o seu próprio prazer, egocentricos e sem alma ou coração.
Vejo agora Seres Humanos com magoas, com objectivos e com sonhos que também eles buscam.
Claro que por aí existem aínda muitos daqueles que não respeitam as mulheres como seres semelhantes mas agora consigo distingui los dos demais.
A ti te devo essa mudança, essa renovação da minha pessoa, pois foste aquele que despertou em mim mais do que eu conhecia ter. Que me ensinaste que não é errado amar seja qual a condição fisica, social ou mesmo de estado, e distinguir o que é importante do que não é.
Mesmo que me tenhas deixado e abandonado por diversas vezes foi a ti que amei.
Amei te, e no pretérito imperfeito, tal como tu meu querido que me ensinaste tanto sem sequer saber o que me estavas a ensinar, da pior maneira possivel.
Sem limites, sem barreiras, sem respeito...

domingo, 19 de dezembro de 2010

Vidas

Por mais que tentemos fugir ao nosso destino, ele sempre vai nos buscar de alguma forma o caminho do qual tentamos fugir e o mais curioso é que muitas vezes fugimos de pessoas que pelo nosso preconceito não as avaliamos correctamente e é o destino que se encarrega de nos fazer ver que a nossa avaliação foi errada e preconceituosa...

Por experiências anteriores também eu fiquei demasiado preconceituosa e recentemente descobri alguém que durante anos avaliei mal e sinto agora que perdi imenso tempo de convivencia com uma pessoa por puro preconceito...

Felizmente o destino fez me ver que aquela pessoa que julguei ser vazia, fútil, egocêntrica não é mais do que alguém humilde, sentimental, e solitária...

Envergonho me de ter tido tal julgamento e espero que de futuro me sirva de lição, não foi assim que escolhi viver, logo esse sentimento mesquinho que sempre condenei...

Deveria eu mais do que ninguém saber que todos nós temos uma história, que leva a sermos como somos, que muitas vezes o que nos deveria tornar mais fortes e melhores pessoas só nos deixa amargos e idiotas...

Avaliar alguém por comparação não é nem nunca foi boa filosofia porque estamos a perder tempo e vivências que nos faz aprender cada vez mais...

E aprender não é em livros mas sim com a vida...

Pedi perdão porque só me resta ter esperança que esse alguém me entenda da mesma forma que também eu tento me entender...

Fui perdoada e agora não quero perder nem um segundo do que já perdi durante anos...

domingo, 12 de dezembro de 2010

Momentos dificeis...

Todos nos ja sofremos por amor, a diferença está na nossa capacidade de transformar esse sofrimento em vivência e aprendermos que fizemos o que poderiamos fazer para viver o melhor que podiamos e que principalmente sabiamos e aprender para a próxima vez sabermos mais um pouco...
Tenho um amigo que se evidencia pela grande sensibilidade para com os outros e mesmo que neste momento esteja a sentir uma grande dor não deixa de sentir as pequenas dores que os outros sentem...
Merece como tal todo o respeito e admiração por tal personalidade, e mesmo que a nossa vida corrida não permita mais do que um simples olhar de afeição ele merece muito mais...
Sei que está a sofrer pelas diversas perdas que sofreu recentemente, pois o destino não tem sido brando com ele...
Primeiro a dor da perda do amor que sentia por aquela que julgava também apaixonada...
Depois a perda pela morte de alguém tão importante...
Em tão pouco tempo a perda tem no presseguido e apesar destas instabilidades ainda se consegue manter firme aos seus valores...
Diria que o destino lhe está ensinar algo, o que possa ser so ele pode descobrir, com a força e a grande personalidade a que nos acostumou...
A mim já me ensina, que apesar das situações vacilantes que a vida nos apresenta o importante é manter nos fiéis a nós próprios e a continuar a ver mais os outros que a nós próprios...
Apenas gostaria de lhe dizer que a dor e o sofrimento um dia vão no abandonar e que a compensação pela bondade e espiritualidade irá chegar...
Não o digo pelas palavras mas pelo olhar que já por diversas vezes cruzamos...

Saudades...

Hoje senti saudades...

Como já não sentia há muito tempo atrás, não sei se foi da chuva, essa que cai agora como outrora fazia e que me trouxe a recordação de quando nos aninhavamos um no outro só a sentir o calor do corpo e a serenidade da alma...

A chuva e o temporal que estava lá fora contrastava com a tranquilidade e serenidade com que nos amavamos...

As horas e minutos voavam e eram só nossos, só nós os dois existiamos, nós a chuva e o nosso amor...

Perfeito nos tempos, na chuva e temporal, bem como perfeito nas horas e minutos que passavam, mas ninguém precisava de mais, pois em todas as vezes saciavamos o corpo e a alma...

Eram horas e minutos de troca de abraços, beijos, suores e no final aquela sensação que tinhamos descoberto o elixir da vida eterna...

E no contraste dos momentos de prazer tratavas me com a maior delicadeza e suavidade que o amor que tinhas por mim te exigia...

Essa grande afeição que te permitiu amares me e que hoje acredito, como nunca amaste ninguém...

Essa atracção transformou se em afeição que o destino utilizou para nos dar uma grande lição...

Agora ambos sabemos que o Amor existe, e que apesar do nosso ser impossivel, ensinamos um ao outro que poderemos e devemos acreditar...

Naqueles instantes eramos só nos os dois, invencíveis, insuperaveis, insuplantaveis...

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Segredo...

Vou contar um segredo...

Estou cansada, cansada de lutar, cansada de me sentir cansada, cansada de ser vencida...
È um segredo e a ninguém pode ser revelado, pois há muito que apregoo que apaguei essa palavra do meu dicionário...
Escondo o cansaço como posso, dentro de uma caixinha para que ninguém o veja, dia após dia ele está lá...
Não posso é só o que penso, escolhi um caminho difícil de seguir, difícil de percorrer e sem vitórias que me possa vangloriar...
Derrota após derrota vou lutando e secretamente sinto me cansada...
Desejo secretamente fugir, fugir de tudo e de todos, secretamente para não magoar quem possa pensar que me sinto cansada de alguém...
Mas só me sinto cansada, de mim, da pessoa que sou, dos valores que por mais que teime não me permitem ser diferente...
Sou integra, sou amavel, sou solidária, sou emotiva, sou apaixonada, sou positiva mas sinto me cansada...
Vagueio pelo meu cansaço como se não existisse, ascendo um pouco mais nos sentimentos que me fazem nobre mas continuo com o meu segredo...
Não sou superior, porque tenho um segredo, segredo poderoso que me podia destruir...
Por isso não divulgues o meu segredo porque ...

Sinto me Cansada...

domingo, 5 de dezembro de 2010

Interesses...

Amores imperfeitos são aqueles que são providos de algum interesse e que por algum motivo passam a ser conflito de interesses.
Interesses materiais e egoistas que impedem o amor de ser perfeito...
Quem ama, esquece os seus próprios interesses em prol de um bem estar de outro e conjuga a sua própria felicidade com a felicidade de quem ama.
E essa felicidade que nos invade, e que segundo os cientistas, liberta ocitoxina e nos faz sentir os maiores e melhores Seres Humanos.
O amor Carnal ou puramente platónico faz bem à saúde e para nos amarmos a nós próprios temos que ser capazes de amar os outros.
Desengane se quem apregoa que não precisa de ninguém, quem apregoa que não perdoa por não ter nada a perdoar, pois o amor não se julga nem se pesa pura e simplesmente se sente e quanto mais se foge dele, mais falta de amor próprio sente.
Não é fácil ter a capacidade de amar e aceitar outros cujos interesses são tão dispares dos nossos mas só assim conseguimos ter respeito por nós próprios e pelos outros.
Não permitir que os nossos interesses sejam esmagados e que os interesses dos outros sejam respeitados é o que toda a gente tenta, erradamente sempre por esta ordem o que resulta de uma falta de respeito tanto pelos outros como por nós próprios.
Esse intento não é conseguido pois nunca iremos chegar aos outros enquanto não permitirmos que os outros cheguem a nós.
Não é fácil conquistar confiança, admiração, respeito, apreço, amizade e aproximação pois para isso é preciso dar aos outros sem qualquer interesse...
Para se conseguir ter essa benevolência para com os outros só com muita vivência de vida que nos pode dar aquela sabedoria e calma para apreciar os verdadeiros valores da vida...

Aparências...

Fui durante horas, alguém que não sou, e soube me bem esse papel.
Envergonhei me de seguida, mas naquele instante fui igual a tantos outros...
Não deveria ter apreciado essa vida que não é minha, mas avaliei e gostei...
Não sou eu, enganei, menti e senti me bem com isso...
Como todas as mentiras teve que terminar e fiquei triste por mais uma vez acreditar que serei para sempre alguém com uma vida diferente dos demais...
Menos que alguém por isso, desvalorizada por ser diferente, depreciada por ter escolhas e valores diferentes...
Como é possivel ter gostado de ser uma mentira? Como é possivel de ter gostado de ser invisivel para a maioria e visivel só para alguns...
Acreditei com tanta força ser diferente e mesquinha e gostei de o ser...
Ser fútil, ser egoista, ser independente, ser comodista, ser vazia, ser solitária... e gostei de o ser mesmo que por breves instantes...
Fui melancólica por algo que nunca tive, por sentimentos repugnantes e alheios a qualquer razão que defendo...
Felizmente para mim foi uma mentira, infelizmente para outros que acreditaram nela e gostaram...
Serei sempre eu e lamento o que fiz, mais ainda lamento ter dado algum dia, alguma importância a uma ideia triste e infeliz...