domingo, 30 de setembro de 2012

Memórias traiçoeiras

Tenho saudades de mim, tenho saudades de ti, tenho saudades de nós mas não posso ter... fui eu que decidi que não iria mais cair... fui eu que assim quis... e agora resta me esperar que o tempo faça aquilo que sabe melhor... apagar da minha memória o que ela por si só criou... não foste tu! Fui eu que assim o fiz... criei memórias que nunca existiram, memórias que precisavam de existir na minha mente para que, nem por breves momentos, eu fosse feliz... já fui, já deixei de o ser ... agora tenho saudades de mim... tenho saudades de ti... tenho saudades de nós...
Cansei me de mim, cansei me de ti e agora estou só...
Apesar das saudades, sinto uma força que não sabia ter...
Fiz o que decidi por ser o certo para mim, por ser o que deveria ter decidido assim que descobri que não existias e me faltou a coragem para admitir que eras um engano, uma partida que o meu cérebro me quis fazer... Usaste me como soube que o farias mas não quis ver... criei as memórias que quis e agora tenho saudades do que nunca existiu e que a minha mente criou...
Fico a espera ansiosamente que o tempo meu amigo me ajude a esquecer o teu rosto, as tuas vãs palavras, os momentos que nunca tivemos, mas que a minha mente teima em lembrar...
Deixo-o agir dia após dia a espera daquele em que não pense em mim, que não pense em ti em que não pense em nós...